13 de mar de 2025

A campanha Março Azul-Marinho busca alertar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do câncer colorretal. A doença, que se desenvolve no intestino grosso (cólon) e no reto, pode ser silenciosa em seus estágios iniciais.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum entre os brasileiros, sendo a segunda principal causa de morte por câncer no país, onde o número estimado de novos casos é de 45.630 no triênio de 2023 a 2025, com maior incidência entre as mulheres.
Apesar das estimativas alarmantes, o Dr. Mário Vilâny, oncologista clínico da Oto CRIO – Oncologia, afirma que a detecção precoce aumenta em até 90% as chances de cura do paciente. De acordo com o especialista, os sintomas mais comuns, que não podem ser ignorados, são: anemia, sangramento nas fezes, mudanças no hábito intestinal (diarréia, constipação), dor abdominal, fraqueza e perda de peso sem causa aparente.
“Os exames de rastreamento, como a colonoscopia e a pesquisa de sangue oculto nas fezes, podem detectar lesões pré-cancerígenas ou câncer em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz. A partir dos 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBC) recomenda a realização dos exames a cada cinco anos, com variações a depender dos fatores de risco ou histórico familiar da doença”, destaca Mário Vilâny.
O oncologista reforça que o tratamento adequado do câncer colorretal depende do estágio da doença e das características de cada indivíduo. “As opções incluem cirurgia, imunoterapia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, que podem ser combinadas para oferecer o melhor resultado a cada paciente. Os avanços na medicina proporcionaram um aumento significativo na taxa de sucesso do tratamento”, pontua.
O médico salienta que ações preventivas, como a adoção de uma dieta saudável, a prática regular de atividades físicas e a manutenção do peso ideal, também são essenciais para reduzir o risco de desenvolver o câncer colorretal.